Comunicado do Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA

Comunicado do Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA

 

COMUNICADO

 

Sob direcção de Isaías Samakuva, Presidente da UNITA, realizou-se, em Luanda, no dia 14 de Setembro de 2010, uma Reunião Ordinária do Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política. Após aturada análise da situação política, económica e social vigente em Angola, a Reunião constatou o seguinte:


1.Angola vive uma crise de legitimidade institucional, que está na base da crise de valores sem precedentes e da crise social generalizada, movidas por políticas estruturantes de exclusão, enraizadas em motivações neo-coloniais;

2.O Estado não respeita a Constituição; a comunicação social é instrumentalizada para operar como maior obstáculo à democracia e os Partidos Políticos não são tratados como iguais;

3.Os círculos mais altos do poder tornaram-se o epicentro da corrupção institucionalizada e de corruptores impunes que se colocam acima da Lei.

4.O Partido-Estado tem o poder de utilizar a Administração Pública e o Poder Judicial, a todos os níveis, para coarctar impunemente os Direitos e Liberdades Fundamentais;

5.Os sobas estão a ser utilizados como activistas partidários para a mobilização política e para a exclusão política, actos atentatórios à unidade nacional;

6.Em todo o país, os cidadãos angolanos continuam a ser vítimas de demolições arbitrárias de suas residências e da expropriação das suas terras;

7.A economia política do país, refém de cumplicidades estruturais, continua dirigida para o exterior e dependente do exterior. As elites no poder continuam sem mostrar qualquer interesse em estabelecer um sistema aberto a todos, de acesso à prosperidade com base na cidadania igual e na competitividade dos mercados. Os dirigentes do Partido-Estado residem no país, mas ancoram-se financeiramente no exterior do país.

Perante esse quadro, o Secretariado Executivo do Comité Permanente deliberou o seguinte:


1.Denunciar os actos de violação dos direitos humanos, que ocorrem um pouco por todo o país, que nos últimos meses evoluíram para actos criminosos, com destaque para os seguintes:

- assassinatos políticos e prisões arbitrárias em Cabinda;

-assassinato do professor universitário e jornalista, Alberto Graves Chakusanga, no dia 5 de Setembro de 2010, em Luanda;

- assassinato da cidadã Paulina Chinosole, Presidente do comité da Liga da Mulher Angolana, no dia 3 de Agosto de 2010, no município do Ukuma-Huambo;

- assassinato do enfermeiro Morais Emílio, no dia 26 de Agosto, no Mussende, Kwanza Sul;

- a prisão arbitrária de Sobas e Regedores na província do Bié, na passada semana;

- a prisão arbitrária seguida de agressão física dos sobas em Kapupa, Município do Cubal, Província do Benguela.

2.Denunciar e deplorar o facto de que ao arrepio das normas jurídico - constitucionais, o Presidente da Assembleia Nacional ter pretendido, através de um simples despacho, anular as competências constitucionais de fiscalização do Executivo pela Assembleia Nacional. A UNITA considera nulo tal Despacho e um grave atentado ao Estado Democrático de Direito;

3.Denunciar a prática já antiga do regime de procurar arranjar bodes expiatórios para encobrir e imputar a outros a responsabilidade dos erros, incumprimentos e fracassos das políticas do Executivo;

4.A UNITA reafirma a sua vontade política de manter a estabilidade e de prosseguir a luta democrática pelo triunfo das aspirações de liberdade dos angolanos.

Luanda, 14 de Setembro de 2010

O Secretariado Executivo do Comité Permanente.

 

 

Fonte: Unita

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